20090202

Apesar da macroeconomia o forçar, Portugal não abandonará o Euro

portugal contemporâneo: União política

Ricardo Arroja especula sobre a saída de Portugal do Euro. Há uma razão que me leva a não acreditar neste cenário. É que quem seria beneficiado seriam os sectores produtores de bens e serviços transaccionáveis, o Norte, Centro, Algarve e Madeira e prejudicados as regiões geradoras de importações onde se situam as sedes de multinacionais, concretamente, Lisboa. Ora seriam os agentes económicos residentes nas primeirias que iriam enriquecer e os da capital emobobrecer. Porém, o poder político e mediático é completamente inverso. Lisboa põe e dispõe. Abandonar o Euro seria para eles um tiro no pé. Os agentes económicos extra-Lisboa são milhares de PMEs demasiadamente fragmentadas para pensarem em conjunto, quanto mais defenderem uma política enconómica (saída do Euro) que as beneficie.
É muito mais fácil Lisboa voltar a vender soberania do que abdicar da vida acima das possibiildades.
A não ser que a saida do Euro seja em pacote dos PIGS, um cenário de gestão controlada da política económica nacional a partir de Bruxelas, é muito mais provável.

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